clpires13@gmail.com
OS SETE PECADOS CAPITAIS
Os sete pecados capitais são quase tão antigos quanto o cristianismo. Mas eles só foram formalizados no século 6, quando o papa Gregório Magno, tomando por base as Epístolas de São Paulo, definiu como sendo sete os principais vícios de conduta: gula, luxúria, avareza, ira, soberba, preguiça e inveja. Mas a lista só se tornou "oficial" na Igreja Católica no século 13, com a Suma Teológica, documento publicado pelo teólogo são Tomás de Aquino.
Os conceitos incorporados no que se conhece hoje como os sete pecados capitais tratam-se de uma classificação das condições humanas, conhecidas atualmente como vícios, que é muito antiga e que precede ao surgimento do cristianismo. Foi usada mais tarde pelo catolicismo com o intuito de controlar, educar, e proteger os seguidores, de forma a compreender e controlar os instintos básicos do ser humano. O que foi visto como problema de saúde pelos antigos gregos, por exemplo, a depressão (melancolia, ou tristetia), foi transformado em pecado capital pelos grandes pensadores da Igreja Católica. (Wikipédia)
Os demônios, seus pecados capitais e as virtudes que os combatem
GULA
- do latim gula - s. f., glutonaria; excesso de bebida e de comida; avidez, gulodice; moldura em forma de S na cimalha ou cornija; espécie de plaina
- Excesso de bebida e/ou comida, amor intenso a iguarias boas ou não, voracidade
- Sexo não é pecado, e sim o excesso. Comer também não é pecado, mas a glutonaria ou gula, sim.
No sentido literal, a gula é exatamente o excesso de comer e beber. Tem como principal característica engolir e não digerir. Na sua simbologia maior, significa voracidade. O comportamento dos que cometem esses pecados tem algumas semelhanças: ambos são compulsivos e as pessoas se viciam num prazer muito momentâneo.
- A luxúria e a gula também são dificilmente resistíveis. Às vezes, para renunciar às fantasias sexuais, a pessoa acaba se enchendo de chocolate. A gula é compensatória, primitiva. O prazer oral é o primeiro prazer que a gente experimenta, o que o torna difícil de resistir. Também é um recurso para abafar uma frustração qualquer. Traz sensação de conforto porque lembra amamentação, aconchego do peito materno.
AVAREZA
- Ambição de riqueza, cobiça, conscupiciência, desejo intenso e violento de possuir algo
- A avareza se define pelo apego excessivo a alguma coisa, o que leva a pessoa a ter um grande medo de que alguma coisa vai faltar. Há uma constante percepção de escassez. Avaro, etimologicamente, é ávido de dinheiro (avidus aeris, 'de cobre') e, em grego, avareza,
phylargyria, significa amor à prata. Assim, é um vício capital, porque versa sobre um bem principal entre os bens sensíveis: o dinheiro.
- Avareza é diferente de ambição. O ambicioso se arrisca no mundo. Já o avarento não quer riscos. Além disso, ele desconhece palavras como generosidade, partilha e justiça. Ele não é útil para os outros, nem para si mesmo, pois não se atreve a gastar nem sequer consigo. A pessoa avarenta tem muito medo da vida. Acha que, a qualquer momento, algo ruim pode acontecer. É importante que ela esteja presa, guardada, dentro de uma cápsula, para que não se exponha a riscos. O sofrimento chega a tal ponto que muitas pessoas procuram ajuda de psicólogos e grupos de apoio.
SOBERBA
- Conceito elevado de si mesmo, amor-próprio exagerado, orgulho
- O soberbo acha que sabe tudo, que está sempre certo e que tem sempre razão. Acha-se superior às outras pessoas, é cheio de si e trata a todos com desprezo. Geralmente desobedece às leis. A sensação do 'eu sou melhor que os outros” o leva a ter uma imagem inflada, aumentada de si mesmo.
Uma pessoa que tenta manter status de superior, inteligente, auto-suficiente, se expressa de forma irritada, para se manter fechado em relação às críticas que recebe. Se contestado, diz que o outro não entendeu o que foi dito. E o pior de tudo: é muito difícil que perceba e reconheça seu defeito.
- Pense na arrogância do motorista que se acha o dono da rua, ou ainda aquelas pessoas que diante de um momento constrangedor recorrem a uma conhecida frase: 'Você sabe com quem está falando?'.
- Esse pecado foi classificado por Gregório, papa entre 506 a 604, como o mais venal, a origem de todos os males, devendo, portanto, encabeçar a lista dos vícios capitais.
LUXÚRIA
- Amor aos prazeres da carne, lascívia, libertinagem, corrupção
- Amor x luxúria: segundo a psicóloga Vanessa Rocha, o amor e a luxúria são opostos e estão sempre em conflito um com o outro. 'O amor valoriza, honra e busca o melhor para seu amado. É focado no outro, não é egoísta e se sacrifica.
A luxúria, por sua vez, é poderosa e sedutora. Busca usar coisas ou pessoas para suprir seus desejos e necessidades. Concentra-se apenas em si mesma, é de natureza egoísta',
PREGUIÇA
- Do latim acedia. A pessoa com este pecado capital é caracterizada pela Igreja Católica como alguém que vive em estado de falta de capricho, de esmero, de empenho, em negligência, desleixo, morosidade, lentidão e moleza, de causa orgânica ou psíquica, que a leva à inatividade acentuada.
- Propenção a não trabalhar, indolência, morosidade, negligência, moleza
IRA
- do latim ira - s. f.; cólera; zanga; indignação; raiva; desejo de vinganç; ódio
- Paixão que incita contra alguém. A tendência natural é o desejo de que a justiça seja feita pelas próprias mãos.
- A raiva é reativada; a pessoa explode na hora e pronto. Já uma pessoa irada tem baixíssima resistência à frustração e é mais agressiva. Tudo depende de como reagimos diante dos acontecimentos.
INVEJA
- do latim invidia - s.f., misto de pena e de raiva; sentimento de desgosto pela prosperidade ou alegria de outrem; desejo de possuir aquilo que os outros possuem; ciúme; emulação, cobiça.
- Misto de ódio e desgosto provocado pela prosperidade ou alegria de outro, desejo de possuir o que o outro possui ou desfruta
- Para o teólogo Ezoil Benites, a inveja é um complexo de inferioridade originado pelo não ter o que gostaria de ter. 'Não possuir algo que outro possui, pode desenvolver um sentimento de decepção no coração da pessoa e isso pode se transformar em inveja'
Voltar para o INÍCIO